Uma cidade é um  Ser Vivo!

Objetos são comprados, são vendidos. Objetos são quebrados, são descartados. Objetos são guardados, são esquecidos. Uma cidade não é um objeto. Uma cidade é um ser vivo... Pulsa, se mexe, anseia, age e reage. Uma cidade é como a gente: cresce, sonha, tem vontades e desejos, tem necessidades básicas e mínimas. A gente faz a cidade, a gente “É” a cidade. A gente precisa do verde das praças, mas também dos bancos e da limpeza delas. A gente precisa de casa, mas também de ruas em condições de uso. De água, de luz de qualidade e com preços justos. Escola, saúde e trabalho não são privilégios ou favores. A gestão pública tem a OBRIGAÇÃO de proporcionar bem-estar e qualidade de vida para as pessoas, para TODAS as pessoas. Sim, “o novo” é importante. Nossas crianças e adolescentes são provas vivas disso. Mas uma cidade não pode ser um laboratório de tentativas e experiências. É preciso aliar a essa vontade de inovar, o conhecimento e a maturidade cidadã, ética e comprovada. Uma cidade não é um palanque com platéia, ou um púlpito com um microfone. Também não é um amontoado de frases sem vírgulas, apenas com pontos. Uma cidade não é um depósito de ouvidos abertos à demagogias. Indiscutivelmente a honestidade é essencial, e isso é inquestionável. Mas é preciso aliar à honestidade o conhecimento administrativo, a capacidade de gestão, a força para derrubar barreiras e a vontade de lutar, defender, buscar, encontrar soluções para os problemas que existem. Não, já não cabem demagogias e incompetências. Sim... Uma cidade é um ser vivo, e como todo ser vivo merece e carece de respeito, de qualidade de vida. Precisa de carinho, de abraço e de caminhos seguros e fraternos. 

PAULO LIMA Presidente da FAL